Por Welison Gonçalves

Na opinião do técnico Bernardinho, a distância física entre as cubanas e brasileiras foi o que fez a diferença na partida da final.
- Precisamos “crescer” as jogadoras de vôlei no Brasil. Mas, como nos próximos anos não podemos equilibrar esta diferença, precisamos treinar muito, muito mesmo. Tecnicamente, não existe grande diferença e o que pesa é o físico delas – comentou o técnico, que ficou surpreendido com a atuação das cubanas. Além de tranquilidade e muita vibração, as cubanas mostraram-se precisas em todos os fundamentos do vôlei.
Bernardinho também afirmou que seu time chegou mais desgastado à final do que as cubanas, o que pode ter influenciado no resultado da final da partida.
– Nosso caminho foi bem mais complicado, chegamos desgastados à final – disse o treinador.
Entretanto, a derrota da seleção brasileira não desanimou suas jogadoras, que saíram do Ibirapuera com uma medalha de prata no peito, mas que teve gosto de ouro.
- A derrota não foi frustrante. Subimos de um sétimo lugar no Mundial de 90 para o segundo aqui – disse a levantadora Fernanda Venturini.
Conformadas com o vice-campeonato, a maioria das jogadoras nem chorou após o jogo. Elas cumprimentaram a torcida e foram para o vestiário. A sensação era de que o dever estava cumprido.
- Não estou chorando por causa do jogo, porque para mim esta derrota teve sabor de vitória, mas pela emoção de ver que o nosso trabalho foi reconhecido. Nunca vi uma torcida brasileira gritar e comemorar um vice-campeonato como aconteceu aqui. Foram sete meses sem bola perdida, treinando a 101 por cento. É muito emocionante estar com a medalha de prata e sentir que ela é de ouro – disse aos prantos.
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