quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Disputa entre cinco centrais anima treino da Unilever


Uma saudável disputa interna, que estimula o crescimento e o rendimento individual das jogadoras. Assim está sendo o início de temporada para as cinco atletas contratadas para o meio-de-rede da equipe Unilever. Com exceção de Carol Gattaz, que permanece com a seleção brasileira, Valeskinha, Juciely, Dani Oliveira e Mara vivem o dia a dia de treinamentos na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, zona sul do Rio de Janeiro, com a perspectiva de fazer história e conquistar o sétimo título nacional para a Unilever, se possível, na condição de titular.

"O fato de o time ter cinco jogadoras centrais é um motivo a mais para todas darem o melhor de si nos treinamentos. Sempre teremos uma correndo atrás da vaga e isso é positivo, estimula a atleta. O difícil, certamente, vai ser para a comissão técnica, na época dos jogos, definir as titulares", diz a brincalhona Valeskinha, de 34 anos, natural do Rio de Janeiro, acrescentando que está sempre buscando algo mais em quadra.

"Particularmente, nunca estou satisfeita, busco me aprimorar a cada partida ou treino. Fatalmente, haverá jogos em que o estilo de uma das meios se encaixará melhor do que o da outra. O importante é todas estarem bem, física e tecnicamente, para entrar na partida quando for necessário", avalia a campeã olímpica em Pequim/2008..

A paulista Carol Gattaz, de 29 anos, faz coro com a companheira e destaca que acomodação não terá lugar no time. "Vai jogar quem estiver melhor. Este ano, temos a opção de poder mudar a formação dependendo do adversário, o que é muito importante. Estou pronta para ajudar no que for preciso, dentro ou fora de quadra. As mais novas, como a Mara e a Dani Oliveira, tiveram o privilégio de atuar com jogadoras experientes na temporada passada e, certamente, cresceram muito com a oportunidade. Vai ser uma boa disputa", comenta Carol, recuperada de fascite plantar no pé esquerdo.

Já a paulistana Dani Oliveira, de 23 anos, que ficou seis meses parada em decorrência de cirurgia para restaurar o tendão de Aquiles do pé esquerdo, acredita que a disputa interna na equipe vai favorecê-la na busca pelo ritmo ideal. "É um incentivo e tanto para correr atrás da vaga. Quero sempre estar entre as 12, de preferência, jogando", afirma.
A mineira Mara, de 19 anos, a mais nova entre as cinco centrais, não tem dúvida de que terá uma batalha dura na temporada. "Isso me dá ainda mais disposição para conquistar meu espaço."

A também mineira Juciely acredita que, independentemente do número de jogadoras para a posição, o que vale é o empenho pessoal de cada uma. "Não tenho dúvida de que cada atleta do time fará um esforço particular para mostrar um bom trabalho. O importante é que todas se ajudam, há uma conversa sadia na convivência diária, favorecendo o crescimento coletivo" diz a meio-de-rede, de 29 anos.

O assistente-técnico Ricardo Tabach diz que a definição das titulares e a opção tática da comissão técnica só virá com o decorrer dos treinamentos e o retorno de Bernardinho ao comando da equipe.

"A Valeskinha é curinga, pode jogar no meio ou na ponta. A Juciely é experiente, tem vigor físico. A Carol Gattaz, se estiver fisicamente inteira, está entre as melhores do País. Já a Dani Oliveira mostrou coragem e disposição em sua recuperação da cirurgia e precisa ganhar ritmo de jogo. A Mara, por sua vez, provou na temporada passada, com as contusões da Carol Gattaz e da Dani, que, apesar de ser mais jovem, pode corresponder às expectativas. São cinco grandes jogadoras", elogia.
Segundo o também assistente-técnico Helio Griner, "na hora em que o time começar a treinar inteiro, vamos estudar as possibilidades". "Mas é certo é que uma jogadora leva a outra à evolução."

Nenhum comentário: